Electroshock, eventos e correrias

Ontem assisti a Electroshock, filme sobre a trágica história de amor de duas mulheres lésbicas nos anos 70, ainda sob o regime ditatorial de Franco, no contexto das IV Jornadas "Cine y sexualidade", intitulada "Mujeres miradas - miradas de mujer", na Universidade Autónoma de Madrid. O roteiro se inspira em fatos reais, mas também é uma adaptação (não assumida pelo diretor) da novela Su cuerpo era su gozo, de Beatriz Gimeno, principal ativista lésbica espanhola hoje, que em seguida participou de um debate com o público sobre lesbianidade e direitos lgtb. Hoje, também nesta mesma universidade, participarei das jornadas Estratégias de Reivindicación de Derechos LGBT en Organismos Internacionales, que seguem até amanhã e prometem ser bem interessantes. E para completar, ontem confirmei que poderei participar, como observador, do IV Congresso Estatal da Federación de Lesbianas, Gays, Transexuais y Bisexuales da Espanha, que acontecerá de 4 a 6 de maio, aqui em Madrid, contando com a participação de aproximadamente 150 ativistas de todo o país. No mais, sou só correria, com muitas coisas acontecendo aqui e agora e eu tentando ter jogo de cintura e presença de espírito para desfrutar das muitas possibildiades. Ah, em tempo, na terça-feira fui à sede da Revista Zero entrevistar um de seus subdiretores e trouxe para casa, como presente, mais de 10 exemplares de números antigos marcantes, como os do coming out de um tenente-coronel, um padre e um guarda-civil espanhóis (cada um com fotos em três diferentes capas) e dois números com o Presidente Zapatero na capa, uma antes e outra depois de eleito.