sexta-feira, 30 de março de 2007

o Marrocos de nossos sonhos está em Marrakech




Cheguei de Marrakech há pouco e ainda estou impactado com a cidade. Definitivamente, lá encontrei o Marrocos mítico e exótico que alimenta o imaginário e a fantasia de milhões de pessoas mundo afora. Rabat, Casa Blanca e Fès são impressionantes, mas Marrakech é imbatível. A começar pelos encantadores de serpente na praça central, pelo tráfego caótico de pessoas, bicicletas, garelis (isso mesmo), carroças e charretes pela Medina e pelas inacreditáveis lojas de artesanato, onde se pode encontrar de quase tudo e muito mais. A cidade tem um certo ar de perigo e malandragem, sendo necessário negociar tudo muito claramente para não ser passado para trás, a começar por taxistas e funcionários de hotel. Especialmente na hora de comprar artesanato a barganha revela-se uma arte, sendo uma verdadeira batalha a aventura de perguntar o preço de alguma coisa e conseguir sair sem comprá-la. No geral, depois que a gente pega um pouco do jeito a coisa vai bem. Às vezes é possível pagar até 25% do preço originalmente cobrado. Claro que essa negociação tem um limite ético, que a meu ver começa na capacidade de valorizar o trabalho do artesão e do vendedor. Há também uma amistosidade deliciosa na mistura de culturas e línguas (com prevalência de árabe e francês, mas sendo muito comum encontrar vendedores e garçons que falam três ou mais idiomas). Muitos turistas por todos os lados (mas nenhum grupo dos famosos japoneses ou chineses, tão comuns na Europa), mas também marroquinos em profusão. Há cidades que se tornam inesquecíveis. Sem dúvida para mim Marrakech será uma delas. Nas fotos, eu meio sendo graça sendo fotografado numa rua de comércio popular enquanto duas mulheres mulçumanas completamente cobertas (incluindo cabeça, mãos e pés) fazem compras e um teclado ocidental-árabe de um cibercafé.

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