domingo, 24 de junho de 2007

ainda em Valencia



Ontem foi a Parada do Orgulho, aqui em Valencia, que começou às 19:30h, com sol ainda alto e com o lema "Agora, igualdade na educaçao". A escala náo era grandiosa, o percurso náo foi muito longo, mas havia muitas pessoas animadas, algumas faixas de grupos partidários, religiosos, identitários (trans, bis, jovens, etc), músicas variadas e discursos de lideranças ao final, na concentraçáo perto da Prefeitura local. Voltei para casa cansado, mas contente da vida. De curioso em Valencia, o fato de o rio que corta a cidade, depois de várias cheias no passado, ter sido desviado para fora da zona urbana. O leito, agora seco, passou a ser ocupado por campos de futebol, bares, restaurantes, playgrounds, jardins (como o da foto)e muitas outras coisas mais. Parece estranho, pois as pessoas continuam a se referir ao rio como rio, embora ele náo mais esteja aquaticamente lá, mas apenas os registros de sua existência, como vàrias pontes e muradas de proteçáo. De muito especial também, o grupo de amigos de meu amigo Manolo, na casa de quem estou hospedado. Estáo todos na casa dos 30 e poucos anos, homens e mulheres, gays, lèsbicas, bis e heterossexuais, sem grandes preocupaçóes com identidades rígidas. Convivem muitíssimo bem, frequentam lugares náo rotulados como "lesgay" ou "hetero" e se respeitam com serenidade em sua diversidade. Como exemplo radical disso, um fato singelo, mas exemplar das possibilidades de uma nova masculinidade: amigos - um gay e outro hetero - cumprimentam-se, quando se encontram ou se despedem - com um bom abraço e um leve beijo nos lábios. Parece pouco, mas diz muito. Sem dúvida, o melhor dos mundos, onde todos estáo em todos os lugares, convivem com quem querem e podem ser o que sáo.

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