domingo, 28 de setembro de 2008

A hora e a vez dos heteroflexíveis!


CELULAR RSS - O Portal de Notícias da Globo - 28/09/08 - 10h01 - Atualizado em 28/09/08 - 12h10
Heteroflexíveis formam a nova tribo das baladas de São Paulo
Jovens encaram com naturalidade beijar pessoas do mesmo sexo.
Avessos a rótulos, heteroflexíveis gostam mesmo é de experimentar.
Claudia Silveira Do G1, em São Paulo
A estudante Mafalda Maya se considera uma heteroflexível, mas dispensa rótulos
Uma nova tribo jovem já pode ser identificada nas baladas e nos bares de São Paulo: são os heteroflexíveis, meninos e meninas que beijam pessoas do mesmo sexo para experimentar, fazer uma brincadeira ou mostrar certo ar de modernidade.
Segundo a psicoterapeuta e sexóloga Mara Pusch, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esse grupo é geralmente formado por adolescentes e jovens, na faixa dos 20 e poucos anos. Eles não se vestem de forma igual - como os emos - nem andam em grupo. Os heteroflexíveis gostam mesmo é de beijar e de tocar gente do mesmo sexo para testar sensações e ver como é.
"Tem a ver com a curiosidade típica dessa faixa etária", diz Mara. Segundo a sexóloga, não é que agora todo mundo tenha começado a beijar todo mundo do mesmo sexo. Esses beijos só estão mais explícitos. "Hoje em dia, há mais liberdade. A sociedade aceita muito mais esse comportamento" , analisa a psicoterapeuta.
Apesar da experiência homossexual, do contato físico com uma pessoa do mesmo sexo, o heteroflexível não acredita ser gay, esclarece Mara, pois ele está apenas experimentando, e não vivendo intensamente uma relação homossexual. Só depois de provar e descobrir que gosta de pessoas do mesmo sexo, diz a sexóloga, é que é possível se sentir gay ou bissexual.

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