quarta-feira, 7 de março de 2007

O dia em que o Retiro fechou

Hoje foi um dia de ventos fortes aqui em Madrid, daqueles de fazer um ruído intenso e constante, e nos conectar com as energias profundas da vida, mesmo quando estamos tranquilamente dentro de casa. Ao ir caminhando para Chueca, para participar de uma atividade em Cogam, o Colectivo de Lesbianas, Gays, Transexuales e Bisexuales de Madrid, deparei-me com algo inesperado: todos os portões do Parque del Retiro, o mais querido dos madrileños, estavam fechados. Tive que alterar o caminho que geralmente faço, cortando o parque, e fiquei a me perguntar o motivo de algo tão incomum, que nunca havia visto nesses meses que estou aqui. A resposta me pareceu singela quando me lembrei dos fortes ventos: para proteger os frequentadores de acidentes, já que as árvores estão quase totalmente peladinhas de folhas, secas mesmo, e podem ser facilmente derrubadas por uma rajada mais forte, eventualmente ferindo alguém... Na sua solidão, o parque estava soberano, e lindo, e quase eterno.

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