ainda em Salamanca

Ontem o curso foi interessante, com direito a sete palestras e três debates sobre os temas famìlia e trabalho, com direito ao sagrado intervalo da siesta, entre 13:30 e 16 h. Mas o melhor do dia foram mesmo as falas de um psicólogo da Universidade de Salamanca, super gayfriendly e informado e o depoimento da presidenta da Associaçao de Pais e Máes de Lésbicas e Gays da Catalunha. Em um discurso emocionado e emocionante, Ester náo se pedagogicamente repetia algo assim: "Precisamos parar de colocar nossos filhos, irmáos, amigos e colegas no armário. Ninguém teria que sair do armário se nunca tivesse sido obrigado a entrar. É necessário neutralizar a linguagem e acabar com a pressuposiçáo de que todos e todas sáo heterossexuais". Ficarei em Salamanca até amanhá, e no final de semana encontrarei uma colega de Brasília, que está literalmente a caminho do Caminho de Santiago. Definitivamente, as mulheres SÁO. Ah, ia esquecendo de registrar uma coisa fundamental: no curso na Universidade, seguramente uns 85% dos 150 inscritos sáo mulheres. Náo é à toa que a homofobia é um sentimento e uma prática basicamente de homens e, especialmente de homens jovens, no caso de suas vertentes mais violentas.