segunda-feira, 14 de maio de 2007

Retiro, Barcelona e mais


Ontem estive no Parque do Retiro, às 10h, começo de noite nesta privamera quente e fria, para assistir à apresentação do Lago dos Cisnes, em comemoração ao Dia de San Isidro, padroeiro de Madrid (feriado amanhã), num palco flutuante montado literalmente num lago. Não tinha esperança de conseguir um lugarzinho nas arquibancadas (a fila para pegar ingressos gratuitos, distribuídos durante o dia, não me animou nem um pouco). Havia milhares de pessoas e vi uns bailarinos ao longe, em meio à escuridão quebrada por umas luzes de canhão. Minha expectativa, que era de ouvir a música, também ficou frustrada: o som estava bem baixo e quase ninguém ouvia nada. Fiquei em frente a um dos telões montados para o evento por um tempinho, mas não tive muita paciência e o frio ajudou a empurrar-me para casa. Hoje estive na sede da FELGT e consultei o material disponível no Centro de Documentação sobre matrimônio e uniões de fato entre pessoas do mesmo sexo. Olhei atentamente os arquivos da hemeroteca, consultei algumas publicações produzidas pelo movimento e Gustavo, um funcionário gentil e atento, ficou de fazer um levantamento bibliográfico sobre o tema e enviar-me por e-mail. Solicitei cópias de algumas coisas e fiquei de buscar quando voltar do Brasil, no início de junho. Agora à tarde gastei uns bons neurônios e um par de horas procurando hotel em Barcelona, já que espero participar do seminário com a Butler. Quase tudo está lotado ou os preços estão pela hora da morte - a alta temporada de turismo já começou por aqui. Espero ter sorte mais tarde, quando vou consultar uns hoteis e hostais que fazem publicidade nos guias gays espanhóis (vou a Chueca daqui a pouco para encontrar o Ignacio Pichardo e aproveitarei para pegar alguns). De bom mesmo foi o contato hoje à tarde com o Jordi Petit, um dos primeiros ativistas espanhóis com visibilidade pública desde fins dos anos 70, que aceitou ser entrevistado no dia 7 de junho, já em Barcelona, e me passou os contatos de Olga Viñuales e Oscar Guasch, antropólogos que refletem sobre os mundos gay e lésbico e que também vivem em Barcelona. Já liguei para os dois, mas acho que só os encontrarei mais tarde. Como se diz por aqui... vamos a ver.

Nenhum comentário: